quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Interzone #241 (I)

Os críticos da Interzone são implacáveis:

Heading for 1.800.000 words, Song of Ice and Fire has got to be the most hideously uneconomical fantasy series since Robert Jordan's Wheel of Fire. Em cheio, numa crítica ao mais recente livro da série. Não sendo fã do género a piada não me ofende. Mas pode ser aplicada a muita coisa que se publica. Confesso que numa percebi o gosto pelas trilogias que se vão expandindo em tetra, penta, hexa e daí por diante. Ou aliás percebo. É a forma mais simples de continuar a dar ao leitor aquilo que ele gostou. Ad nauseam.

Surely the most ineptly written blockbuster of recent years, Prometheus marries stunning spectacle filmmaking to abjectly woeful science, plotting, and dialogue, reliant on liberally knocking back shots of magic black plot juice that will variously cause you to panspermatise planets, grow worms from your eyes, and inseminate human hosts with xenomorph precursors, depending on dosage. Já muito foi escrito sobre o espalhanço desilusório que foi este filme. Mas esta descrição acertada é dolorosa.

John Carter is as entertaining as it could possibly be for a blockbuster based upon a century-old pulp finally adapted for cinema decades after Star Wars looted its panoramic visions. From its wild west parallels to steampunk Flash Gordon and interspecies gladiatoria, that's more designer fantasy than science fiction, Pixar graduate director Andrew Stanton fashions his medley of familiarity into something that is fairly pleasant and fun viewing, but still manifestly unexceptional. Dá vontade de não ir ver, certo? E esta até é uma crítica simpática.

Por outro lado, também nos dá pérolas como esta, que colocam obras e realizadores numa nova luz: John Carpenter's peculiarly Lovecraftian trilogy The Thing - Prince of Darkness - In The Mouth Of Madness (...). Confesso que nunca tinha ligados os pontos desta forma, e esta frase deu-me um novo ponto de vista sobre três filmes de Carpenter que se contam entre os meus favoritos. A esta luz, realmente o monstro de The Thing é quintessencialmente lovecraftiano, bem como a ambiência de Prince of Darkness. E In The Mouth Of Madness... a sátira à literatura de horror a metro ao estilo de Stephen King depressa degenera numa insanidade que cita o caos rastejante do visionário de Providence.