sexta-feira, 12 de abril de 2013

Comics


Archer and Armstrong #09: A conclusão do arco narrativo cataclísmico onde semi-deuses tentam travar uma organização que cria os meios para nulificar a estrutura da realidade é um bocadinho... elementar. O anular do real é desfeito pelos poderes de uma mulher que simplesmente altera a estrutura da realidade. A ameaça torna-se pouco mais eficaz que um vírus informático criado em windows num sistema linux. Podemos ler isto de duas formas: como uma solução elegante ou um remate que assalta a inteligência dos leitores. Apesar destes trambolhões, o que dá vida ao comic é a dinâmica da relação entre o báquico semi-deus Armstrong e o seu virginal, ingénuo e mortífero companheiro Archer.


Saucer Country #14: Este comic, recentemente nomeado para os prémios Hugo, teve exactamente duas edições interessantes: a primeira, que estabeleceu a premissa de uma candidata hispânica à presidência dos Estados Unidos que o faz por saber de uma ameaça alienígena, e esta última, uma conclusão apressada graças ao ponto final colocado pela editora. Conclusão inconclusiva, que deixa ideias em aberto e sugestões conspiratórias, mas diga-se que se Cornell tivesse sabido manter este nível de interesse num dos mais mornos comics da Vertigo talvez o final não tivesse chegado tão cedo.


2000AD #1827: O destaque desta semana vai para a curta história da secção Tharg's 3rillers, onde novas ideias são exploradas em histórias que duram três edições. Desta vez estamos em modo space opera, onde piratas galácticos encontram o mapa para o maior tesouro do universo: um banco de dados que contém a já extinta humanidade, digitalizada graças a uma equação matemática que permitiu aos humanos tornarem-se seres in-silico. Uma ideia intrigante.


Sex #02: Confesso que ao fim de duas edições ainda não percebi o objectivo desta série de Joe Casey para a Image Comics. Tem vagamente algo a ver com um super-herói reformado, uma cidade futurista cujos arranha-céus brilhantes ocultam um submundo tenebroso e super-vilões sexualizados. Essencialmente parece ser uma desculpa para mostrar maminhas ao léu e sexualidades levemente sado-masoquistas num comic mainstream. Coisa banal aqui na europa, algo de escandaloso do lado de lá do atlântico norte.