quarta-feira, 24 de julho de 2013

Iron West, Voyager: Un Nuovo Futuro.


Doug TenNapel (2006). Iron West. Berkeley: Image Comics.

Robots mecânicos animados por artefactos misteriosos, índios alienígenas, cowboys derrotistas e uma cidade a ser defendida da aniquilação. Este livro tem algumas ideias interessantes, mas a estrutura narrativa mais interessada na construção de piadas secas e um traço cru que não cumpre a promessa da obra tornam este livro eminentemente esquecível. E do steampunk prometido ficamos mesmo pelos toques caricaturais dos robots.



Pierre Boisserie, Éric Stalner (2012). Voyager: Un Nuovo Futuro. Editoriale Cosmo.

Primeiro de uma longa série, este álbum estabelece a premissa do mundo ficcional da narrativa. No futuro a cidade de Paris pertence a uma corporação cujas acções estão distribuídas por interesses que controlam o acesso à energia, alimentação e telecomunicações à escala global. No centro corporativo está a Fundação, que se dedica a manipular geneticamente cobaias humanas para desenvolver a capacidade de teleportação. Nos bastidores reside o mistério do viajante, um personagem misterioso aparentemente capaz de viajar no espaço e no tempo e cujos segredos o líder da fundação persegue implacavelmente. Quanto ao resto, temos uma sociedade dividida, hiper-vigilância levada a cabo por forças policiais a soldo de interesses económicos, e um grupo de resistentes que se refugia nas ruínas da universidade da Sorbonne. O argumento arrasta-se mas o traço firme e clássico do ilustrador traz-nos interessantes visões de uma Paris futura com alguma inspiração temática na Feira dos Imortais de Bilal.