sábado, 25 de abril de 2015

Obrigado, sempre!


Celebrar, evocar, manter viva a memória. E lutar todos os dias, porque os direitos adquiridos são-nos retirados se não forem defendidos. Quarenta e um anos depois continua importante recordar, celebrar e manter acesa a chama de uma luta que tem de ser feita todos os dias. Num tempo em que parece que as forças obscurantistas estão a ganhar o jogo global num mundo em que até nas democracias tradicionais se discute se a tecnocracia autoritária branda não será mais desejável do que a democracia, que no nosso país assolado pela crise e por uma governação alinhada com os interesses de uma elite transnacional que oculta sob o neoliberalismo uma profunda ganância e sede de domínio utilizando como nunca na história a finança como arma mais letal do que panzers e eficaz a vergar países do que largos exércitos.

Eu não esqueço que é a ideia de liberdade, por cá representada pela revolução dos cravos, que me permite a vida que gosto de ter. Da educação ao 3D printing, passando pelos livros, nada do que hoje faço seria possível noutros moldes, noutros regimes. Por isso, nascido como fui após 1974, não esqueço que é essa herança tão vilipendiada e ameaçada que me permite, hoje, ler, escrever e agir conforme me dita o cérebro e o coração. Obrigado, Capitães.