segunda-feira, 20 de julho de 2015

SciFi LX Ano Zero


Que grande salto. No ano passado, a Massive Warmup Party desta que ambiciona e muito bem estabelecer-se como uma forte convenção de Ficção Científica em Lisboa, ocupava parte do átrio e algumas salas do edifício principal do IST. Este ano fomos surpreendidos com um programa vasto e multidisciplinar que se estendem por espaços ao longo de três pisos, com exposições, espaços de gaming, cosplayers, palestras e uma área central cheia de bancas de livrarias e grupos interventivos que mostram o seu trabalho na área da FC. Tanta coisa para descobrir, e tive imensa pena de ter de me ficar por pouco mais do que uma visita relâmpago.


Mostrando o seu dinamismo, a Imaginauta aproveitou o evento para mostrar o trabalho multidisciplinar que estão a fazer com o seu Comandante Serralves, que em breve terá o seu próprio RPG. As ilustrações estão fabulosas.


O Portuguese Lego Users Group já é habitual neste evento, mostrando algumas construções temáticas e um robot EV3 ocupado na difícil tarefa de resolver um cubo de Rubik. Para fãs e nostalgista da clássica série Space:1999, esta base Alfa é um mimo.


Sem dúvida a bancada que mais atraía o olho pela qualidade do seu projecto, a Liga Steampunk de Lisboa e Províncias Ultramarinas mostrava o que tem andado a fazer com os seus deslumbrantes cosplays de steampunk. Quem os segue e sabe o que fazem no Arranca Corações conhece o dinamismo deste grupo.


Awww, tão kawaii... este Dalek fofinho fazia as delícias dos que passavam pelo espaço dos Gerrilla Crochet, tricotadores dedicados à cultura geek.


Como podem ver, uma bancada cheia de bonecos apetecíveis.

Os espaços de livreiros eram uma tentação, com livrarias especializadas e alfarrabistas a trazerem muitas tentações para a carteira. Assim por alto, estavam lá representadas a Kingpin, Bookshop Bívar e Leituria, entre outros. É deprimente pensar que os espaços de livros em segunda mão são, por cá, os únicos que apostam na literatura de FC.

Fiquei-me por aqui. Não tive tempo de visitar as zonas dedicadas a workshops, RPGs e jogos, nem a estar presente no extenso mas interessante programa de palestras. Pelo panorama nota-se uma aposta multi-disciplinar, indo para além do fandom e trazendo em força a ciência e tecnologia para a convenção, algo que faz todo o sentido num evento dedicado à Ficção Científica. É muito bom ter um programa que nos fala de cozinha molecular, aprender a programar Arduinos, mexer com geradores Van de Graaf, tomar um café, estragar o saldo bancário com aquisições literárias, ficar de queixo caído com a mestria dos cosplayers (sem as habituais confusões do Anicomics, que também vive muito desse público), ir descobrir ou redescobrir os projectos nacionais dedicados à FC. Isto em pouco tempo. Para ficar com uma ideia do que foram estes dois dias rumem ao SciFi World, com um excelente relato deste Ano Zero.

Se isto foi o ano zero, a fasquia para o ano um vai ficar elevada. Fica a dica.